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Paráfrase



1            PARÁFRASE



A paráfrase é uma técnica muito utilizada, pois é uma reescrita de texto sem alterar-lhe o seu conteúdo. Diferencia-se do resumo por não suprimir informações e manter o tamanho original – não há preocupação com a diminuição do texto.
Vários recursos podem ser utilizados para se parafrasear um texto. Vejamos alguns logo abaixo:

Sinônimos:
Embora tivesse treinado, perdeu o jogo.
Por mais que tivesse treinado, perdeu a partida.

Voz Passiva:
O artilheiro fez um lindo gol (suj. = artilheiro – agente – foco)
Um lindo gol foi feito pelo artilheiro (suj. = um lindo gol – paciente – foco)

Discurso indireto:
(D. Direto) Naquela manhã, Pedro dirigiu-se à mãe dizendo:
- Limparei a casa toda.
(D. Indireto) Naquela manhã, Pedro dirigiu-se à mãe dizendo que limparia a casa toda.
Ordem dos elementos da oração:
Estudando Português, conclui que minha vida melhorou em todos os sentidos.
Conclui que, em todos os sentidos, estudando Português, minha vida melhorou.

Antônimos:
Ele era fraco
Ele não era forte.
Ronaldinho Gaúcho é traidor
Ronaldinho Gaúcho não é fiel (ao clube que o projetou).



Exemplo nº 01

Eram comuns os casamentos por conveniência. A literatura romântica está cheia de pobres moças obrigadas a se sujeitar a velhos com gota e mau hálito para salvar uma fortuna familiar, um nome ou um reino, sonhando, sempre, com um príncipe encantado que as arrebataria. O sonho era sempre com um príncipe encantado. Nenhuma sonhava com um cavalariço ou com um caixeiro-viajante encantado. Mais tarde, veio a era do bom partido. As moças não eram mais negociadas, grosseiramente, com maridos que podiam garantir seu futuro. Eram condicionadas a escolher o bom partido. [...]
A era do bom partido acabou quando a mulher ganhou sua independência. Paradoxalmente, foi quando abandonou a velha ideia romântica do ser frágil e sonhador que a mulher pôde realizar o ideal romântico do casamento por amor.
Luís Fernando Verissimo


Glossário
Arrebatar: encantar
Caixeiro-viajante: representante de vendas
Cavalariço: indivíduo que cuida de animais
Conveniência: vantagem, aquilo que atende ao gosto, às necessidades.
Gota: moléstia, doença
Grosseira: obscena, deplorável
Negociar: comercializar
Partido: pessoa casadoura

Reescrita – Paráfrase do texto de Luiz Fernando Veríssimo

Antigamente, os casamentos estavam relacionados a interesses econômicos. As famílias obrigavam as donzelas a se casarem com homens bem mais velhos do que elas, às vezes, doentes e fedorentos, para salvarem suas famílias de dívidas ou manterem um sobrenome. Elas não sonhavam com vendedores ou cuidadores de animais, mas com “príncipes encantados”. Com o passar dos tempos, as moças deixaram de ser comercializadas e passaram a escolher um “bom partido”, isto é, um homem bem estabelecido na vida que pudesse lhes garantir um futuro promissor.
Finalmente, a mulher tornou-se livre, começou a prover seu próprio sustento e hoje pode casar-se por amor.
Ana Ferreira






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